Análise de flexibilidade de tubulações - Quando? Porquê? E para que?
Introdução
As tubulações de uma planta industrial não são estáticas. Elas expandem, contraem, vibram e transmitem esforços. Essa movimentação, quando não prevista no projeto, pode gerar desde simples desalinhamentos até falhas em equipamentos e estruturas. É aqui que entra em jogo a análise de flexibilidade de tubulações para mitigar estes riscos.
Quando realizar a análise?
Sempre que uma tubulação estiver sujeita a variações de temperatura significativas, operar com pressões elevadas, ter grande comprimento ou estar conectada com equipamentos sensíveis, a análise é recomendada, sendo obrigatória em muitos casos. Exemplos de fluidos que, na maioria dos casos, requerem a análise de flexibilidade: vapor, água quente, óleo térmico e gases em alta temperatura.
Porquê analisar a flexibilidade?
O motivo é simples: preservar a integridade da tubulação e dos equipamentos. Sem esse estudo, a linha pode ultrapassar os limites de tensões permitidos pelas normas (como ASME B31.3), aumentando o risco de trincas, vazamentos e rupturas. Além disso, os deslocamentos térmicos podem ser grandes o suficiente para causar colisões ou sobrecargas nos apoios. A análise prevê esses movimentos e permite controlar a forma como eles acontecem.
E para que serve, na prática?
Esta análise, basicamente, equilibra 3 pontos:
Tensões na tubulação: garantir que as tensões nos elementos da tubulação permaneçam dentro dos limites admissíveis dado pela norma de projeto, mitigando a falha destes.
Deslocamentos: evitar deslocamentos excessivos, os quais podem fazer a tubulação sair da estrutura de suportação ou colidir com outros elementos.
Reações de apoio: garantir que as reações fiquem dentro das permitidas para os bocais dos equipamentos (bombas, trocadores de calor, turbinas e outros equipamentos críticos) e suportes/estruturas de suportação, eliminando a possibilidade de danos aos equipamentos, suportes e estruturas.
Benefícios
Quando bem aplicada, essa prática aumenta a vida útil da instalação, reduz riscos de falhas, facilita a manutenção e assegura conformidade com as normas. A análise de flexibilidade pode ser vista como uma decisão estratégica para garantir segurança, confiabilidade e continuidade operacional.
Até o próximo artigo!
Alex Fernando Ruiz
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